16/08/2009
dom Fernando Saburido que, pelo seu perfil, chega para semear paz, compreensão e solidariedade. O novo arcebispo tem muito a fazer no campo social aproximando cada vez mais a Igreja Católica dos anseios de uma gente sofrida e carente de ações que possam minimizar angustias e incertezas. Conheci dom Fernando Saburido quando o Hospital escola de medicina IMIP...abriu espaço as igrejas e Religiões. Fui recebida por ele gentilmente e, desde aquela data, colaborou conosco enviando donativos para o Núcleo de apoio a criança com câncer...NACC... até ser designado bispo de Mossoró. Hoje, dom Fernando Saburido retorna à sua terra, assume a arquidiocese de Olinda e Recife e renova esperanças de um contato mais próximo entre Igreja e povo. Na sua simplicidade há de encurtar distâncias entre o Evangelho e o mundo real, onde prevalecem o egoísmo e a indiferença aos valores éticos. Sua missão será difundir os ensinamentos de Jesus e orientar seus seguidores a viver, cada dia, à luz dos valores cristãos, com dignidade e amor ao próximo. Sempre achei dom Fernando saburido perecido com dom Adriano...meu mestre...do orfanato...acho maioria de vocês devem lembrar o quanto falei aqui nesta página a importância de dom Adriano na minha formação...Ele amenizava minha tristeza e o dissabor do abandono... Glória.... Deus nas Alturas, alegria e paz na terra aos homens de boa vontade.. . Uma tarde de Domingo abençoada....
23/08/2009
Todos que se fizeram presentes à posse do novo arcebispo de Olinda e Recife puderam assistir a um fenômeno inusitado. A multidão reunida na grande praça formava não uma massa e sim um povo. Uma massa é anônima, amorfa, acéfala e manipulável.

Um povo, ao contrário, tem consciência da sua identidade e autonomia, sabe onde está, o que quer e para onde vai. Aglomeravam-se ali mais de dez mil pessoas, partilhando emoções há muito tempo represadas. A grande diversidade de cores e vozes e vestes e cantos e legendas e comentários não revelavam apenas criatividade, variação, mas também mentalidades e controversas. A despeito disso, a multidão por inteiro parecia sentir-se em estado de graça. Só podia ser obra do Espírito Santo. Ele "sopra onde quer" e como quer, independente de nossas pressas, queixas e mágoas, mas Ele não passa por cima dos nossos conflitos, não os dispensa, antes, faz deles também matéria prima para sua graça. Por isso Ele é o patrono da Igreja. Houve tempo em que amei a Igreja, pois fui criada na essência d’la uma criança: ela pode cometer mil erros, será mil vezes desculpada pela razão natural de ser uma criança. Os erros eu os tributava todos à complexidade da sua missão, nunca ao fato de ela ser humana e pecadora. Cresci e acabei entendendo que, desta forma, eu a estava infantilizando a ela e a mim mesmo. Aprendi a distinguir obediência de servilismo. Descobri a possibilidade de discordar por amor. Este amor conflitivo é o único possível entre seres humanos racionais.E mais, convenci-me de que só tenho a ganhar quando humildemente reconheço meus erros. O que perde em respeito formal e temor reverencial, ganha em simpatia e apreço de Deus. temos motivo até mesmo de agradecer aos que se desviam, na sincera procura da Verdade, pois estes, errando, indicam os caminhos que devem ser evitados. Veja-se a simbologia dos quatro Evangelhos. Imagem de como o Espírito Santo age por meio das nossas diferenças e divergências, do que se deduz que sua relação conosco é ditada pela misericórdia, quanto mais necessitamos de leis e penalidades, tanto mais nos distanciamos Dele.... Bjs na ALMA!


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